Salior Skulder

Salior Skulder – O Taverneiro Entre Mundos

Aparência:
Salior Skulder era um humano de feições marcadas pelo tempo e pelos mistérios que só os mortos sussurram. Sua pele era marcada pela guerra e levemente queimada, como se a morte o tivesse tocado antes da hora. Usava sempre um colete escuro, camisa de linho rasgada no ombro e um lenço vinho no pescoço. Seus olhos eram diferentes — um castanho opaco, o outro completamente branco, como vidro embaçado. Seu cabelo, escuro e desgrenhado, vivia coberto por um velho chapéu de aba baixa, e seu avental de taverneiro estava sempre sujo de vinho… ou algo mais espesso.

Personalidade:
Salior era excêntrico, gentil e assustadoramente lúcido. Falava sozinho — ou assim parecia — mas jurava que era com "clientes que já foram". Tinha um humor seco e provocador, e adorava pregar peças sutis com base no que os fantasmas lhe contavam. Apesar do dom inquietante, era acolhedor, e sua taverna era um dos poucos lugares onde qualquer um, vivo ou morto, era bem-vindo.

Maneirices:

  • Sempre deixava uma cadeira vazia em cada mesa, "para os que vieram antes".

  • Misturava bebidas com olhos fechados, dizendo que o instinto dos mortos era mais afiado.

  • Acendia uma vela solitária toda noite, dizendo que era "para iluminar os caminhos entre os planos".

Peculiaridades:

  1. Falava com naturalidade sobre pessoas falecidas, citando conversas recentes com elas.

  2. Sabia coisas que jamais poderia saber — nomes, datas, segredos enterrados.

  3. Não tinha reflexo em espelhos — pelo menos não sempre.

  4. As bebidas que ele preparava às vezes mudavam de sabor de acordo com o humor do cliente.

  5. Seu cachorro, "Poeira", latia apenas para pessoas que estavam prestes a morrer.

História:
Salior sofreu com a maldição (ou dom) de enxergar além do véu. Desde jovem, via espectros andando entre os vivos e, ao invés de enlouquecer, os escutava. Tudo ocorreu por conta de um acidente que o deixo entre a vida e a morte. Fundou sua taverna em uma antiga encruzilhada espiritual, onde os planos se cruzavam por brechas naturais. Durante a vida, ajudou muitos a encontrar paz — vivos e mortos.

Por um bom tempo foi um aventureiro que viveu diversas histórias, aproveitava sempre para contar seus feitos aos clientes e espectros que visitavam sua taverna. Ele se aposentou para cuidar de sua taverna e quem sabe, se tivesse mantido a aposentadoria, ainda estaria vivo.

Durante a necessidade de um aventureiro o ajudou a enfrentar um grupo sombrio: os Cavaleiros da Tortura, inquisidores que caçavam presas mortais. Ele resistiu como pôde, defendendo seus amigos e seus fantasmas, mas morreu no confronto… ou pelo menos seu corpo morreu. Dizem que, em noites chuvosas, sua voz ainda ecoa pelas janelas da taverna abandonada.

Citação:
"Os vivos mentem. Os mortos… os mortos só sussurram o que você precisa ouvir."

Adições originais:

  1. A Garrafa do Fim: Um de seus artefatos mais lendários é uma garrafa selada com névoa espectral. Quem beber dela verá o próprio túmulo — e poderá escolher evitá-lo... ou aceitá-lo.

  2. Luz do Além: Após sua morte, uma lanterna acende sozinha no balcão da antiga taverna toda meia-noite. Quem sentar ali e esperar em silêncio pode receber uma resposta — ou um aviso.