Durgan Throgar

Durgan Throgar, o Guardião do Eco Profundo
Aparência
Durgan é um anão de aparência quase fossilizada pelo tempo. Sua barba chega ao chão, trançada em dezenas de fios finíssimos, misturados com poeira e fragmentos de minerais que brilham como estrelas em sua face suja. Sua pele é enrugada e cinzenta, marcada por cicatrizes antigas de desabamentos e queimaduras químicas. Seus olhos são dois pontos brancos e leitosos — ele já não enxerga como antes, mas jura que enxerga "através da pedra". Usa roupas de couro enrijecido pelo tempo, capas rasgadas de mineração e uma picareta tão gasta que já parece extensão de seu braço.
Personalidade
Velho, cansado, mas inquebrável. Durgan fala com voz rouca e arrastada, como se cada palavra carregasse séculos de poeira. Ele trata as rochas como filhas e chama os minerais pelos nomes como se fossem parentes. Desconfia de forasteiros, mas se alguém demonstrar conhecimento verdadeiro em mineração ou respeito às profundezas, ele abre seu coração. Vive repetindo frases curtas e enigmáticas, como se conversasse com o eco do túnel.
Maneirices
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Gosta de mastigar pequenos fragmentos de pedra como se fossem pão.
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Para de falar no meio da frase para ouvir o eco, respondendo a si mesmo depois de segundos de silêncio.
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Tem o hábito de riscar o chão com carvão, criando marcas que ninguém entende.
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Ri sozinho quando a rocha "responde" ao seu toque.
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Usa palavras antigas de Garala que até mesmo outros anões não compreendem mais.
Peculiaridades
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Afirma ter passado duzentos anos descendo pelo túnel sem nunca chegar ao fim.
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Não dorme mais — apenas entra em transe ouvindo o som das pedras.
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Sua picareta nunca enferruja, mesmo com séculos de uso.
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Carrega no bolso uma pedra que brilha levemente quando bate no chão.
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Jura que a queda de 8 horas leva "ao coração do mundo", mas que ninguém voltou para contar.
História
Durgan nasceu em Garala, a imensa capital subterrânea dos anões, e desde jovem dedicou-se à mineração. Enquanto os outros buscavam metais preciosos para o comércio e armas, ele buscava algo mais profundo: o som primordial da Terra. Seu fascínio o levou ao abismo conhecido como Túnel do Eco Infinito, um poço de queda que se estende para além da compreensão. Há mais de 200 anos, Durgan desceu esse túnel, e nunca mais voltou. Dizem que Garala o declarou morto, mas seu espírito ainda anda nas fendas, vigiando aqueles que ousam atravessar.
Ninguém sabe como ele sobrevive sem comida ou água. Alguns acreditam que ele se alimenta da própria energia da pedra. Outros, que ele já não é mais apenas um anão, mas sim parte do próprio túnel.
Citação
"O eco fala... e eu respondo. Se você ouvir também... cuidado. Nem todo chamado da pedra é amigo."
Elementos Originais
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O Eco Vivo: Durgan afirma que o túnel tem uma voz própria, e que ela o guia até os minérios escondidos.
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Mapa Invertido: Em sua pele enrugada, há cicatrizes e tatuagens que, vistas sob uma chama azul, revelam um mapa das profundezas de Garala — mas invertido, como se fosse visto de dentro da rocha.