Borgan Cinzaforja

Borgran Cinzaforja, o Mineiro de Essen

Aparência

Borgran é um anão de músculos pesados, com braços grossos marcados por anos de trabalho nas minas. Sua pele tem o tom escurecido pela poeira de carvão, e seu cabelo, outrora castanho, agora está quase sempre coberto por cinza, preso em um rabo curto. A barba é densa, curta e desalinhada, trazendo fios brancos que denunciam tanto a idade quanto o peso das responsabilidades. Seus olhos são castanho-escuros, firmes e honestos, sempre brilhando quando fala da filha. Veste roupas simples de linho grosso, botas reforçadas e carrega uma picareta gasta, que parece extensão de seu corpo.

Personalidade

Borgran é sincero, direto e trabalhador incansável. Prefere poucas palavras, mas cada uma dita com peso e verdade. Carrega no peito a dor de ter perdido a esposa, mas encontrou na filha o motivo para nunca parar. É protetor e extremamente leal aos companheiros, sendo respeitado por todos como alguém que jamais mente nem foge da responsabilidade.

Maneirices

  • Mantém o hábito de bater levemente com a picareta no chão quando está pensativo.
  • Senta-se sempre com as mãos entrelaçadas, como se estivesse pronto para rezar ou se levantar em defesa imediata.
  • Evita usar jóias ou adornos, achando-os vaidade desnecessária para quem cava a vida na pedra.

Peculiaridades

  • Carrega sempre no bolso uma fita azul que pertenceu à esposa, usada no cabelo dela.
  • Tem uma voz grossa, mas baixa o tom ao falar com a filha, tornando-se quase doce.
  • Guarda moedas diferentes de cada pagamento, mas nunca as gasta — é sua coleção silenciosa.
  • Não bebe, recusando-se desde a morte da esposa, pois acredita que perder o controle seria trair sua memória.
  • Costuma ensinar pequenos cânticos de mineração à filha, para que ela nunca esqueça suas raízes.

História

Borgran nasceu e cresceu nos corredores de Essen, seguindo a tradição da mineração como quase todos de sua família. Conheceu sua esposa em uma festa das forjas, e juntos tiveram uma filha, Hilda. A felicidade, no entanto, foi curta: sua esposa morreu durante um desabamento nas minas, deixando-o viúvo. Desde então, Borgran assumiu sozinho o papel de pai e trabalhador, sempre levando o peso de duas vidas sobre seus ombros. Apesar da dor, nunca abandonou a filha nem a cidade, tornando-se exemplo de resiliência. Muitos dizem que, se Essen tivesse um rosto do povo, seria o dele: firme, forte e sincero.

Citação

"A pedra não mente, o suor não engana. O que tiro da terra é o que sustenta minha filha, e isso basta."