Bhorak Três-Martelos

🐂 Bhorak Três-Martelos, o Minotauro Louco de Matheas
Aparência
Bhorak é um Minotauro colossal, daqueles que fazem o chão ranger sob os cascos. Tem ombros largos como portas de celeiro, braços cobertos por músculos densos e cicatrizes antigas que contam histórias de brigas, guerras e noites que terminaram em gargalhadas. Seu pelo é castanho-escuro, espesso, sempre com cheiro de fumaça, cerveja forte e madeira velha. Os chifres são grossos e levemente curvados para a frente, marcados por entalhes rústicos — cada um representando um "ano de sorte" desde que a taverna foi fundada. Apesar do tamanho intimidador, seus olhos são vivos, atentos e quase sempre carregam um brilho brincalhão. Costuma usar um avental pesado de couro por cima de roupas simples, e raramente é visto sem um copo na mão ou um pano jogado sobre o ombro.
Personalidade
Conhecido como "Louco" não por crueldade, mas por excesso de vida, Bhorak é expansivo, barulhento e impossível de ignorar. Ri alto, fala com todo mundo e trata clientes como velhos amigos — até provar o contrário. É extremamente justo e tem um código moral simples, porém inflexível: respeito gera respeito, desrespeito gera porta. Ele não tolera humilhações, preconceito ou covardia dentro de sua taverna. Para Bhorak, todos ali são iguais enquanto estiverem sob o mesmo teto. A brincadeira acaba no instante em que alguém cruza essa linha. Nessas horas, o riso some, e a força do Minotauro aparece sem aviso.
Maneirices
Bhorak bate o casco no chão quando algo o diverte de verdade, fazendo as mesas tremerem. Costuma dar tapas amistosos nas costas — fortes o suficiente para derrubar desprevenidos. Quando está irritado, alisa os chifres lentamente, em silêncio, antes de agir. Sempre chama os clientes por apelidos, mesmo que os veja pela primeira vez. Antes de fechar a taverna, passa a mão na estátua do bisavô e murmura algo incompreensível, como um ritual pessoal.
Peculiaridades
Ele se lembra exatamente de quem entrou na taverna pela primeira vez e se a pessoa bateu ou não na estátua. Acredita que azar "gruda" em quem não respeita tradições. Nunca aceita suborno. Nunca. Diz que dinheiro sujo "azeda a bebida". Tem uma audição absurda: mesmo no meio do caos, escuta cochichos suspeitos. Embora seja dono da maior taverna de Matheas, dorme em um quarto pequeno acima do salão, por escolha própria.
História
Bhorak herdou a taverna — e o apelido — de sua família. Seu bisavô, Ghoruun Troncocervo, foi um Minotauro andarilho que salvou Matheas de uma fome antiga ao transformar um celeiro abandonado em ponto de encontro, comércio e abrigo. Quando Ghoruun morreu, seu corpo foi cremado, e suas cinzas guardadas dentro de uma grande estátua de madeira oca esculpida à sua imagem. Com o tempo, virou tradição entrar na taverna, tocar a estátua e bater três vezes para afastar o azar. Bhorak cresceu ali, entre canecas quebradas, histórias exageradas e brigas resolvidas na base do diálogo… ou da força. Quando assumiu o comando, transformou o lugar na taverna mais movimentada de Matheas, mantendo viva a tradição e a ideia de que aquele chão é neutro: ali, todos têm direito a bebida, descanso e respeito.
Citação
"Enquanto tu respeitar o chão que pisa e quem bebe ao teu lado, aqui tu é bem-vindo. Agora… bate três vezes na estátua. Não sou eu que discuto com a sorte."
Elementos Originais
– A Taverna O Minotauro Louco nunca teve uma noite vazia desde a fundação, nem mesmo durante guerras ou cercos.
– A estátua do bisavô emite um som oco diferente para cada pessoa que bate nela — alguns juram que isso indica boa ou má sorte.
– Bhorak já expulsou nobres, mercenários famosos e até um emissário real sem hesitar, reforçando sua fama de justo… e absolutamente inegociável.